domingo, 16 de agosto de 2015

TONINHO GUERREIRO ´O ARTILHEIRO DO SANTOS E DO SÃO PAULO!

TONINHO GUERREIRO - ERA SANTOS
( ANOS SESSENTA - 60 )

Alguns jogadores nascem com uma estrela e por onde passam deixam uma marca na história do clube. Nem sempre essa competência é reconhecida quando o assunto é Seleção Brasileira.
O rosto, alongado pelo queixo proeminente e contornado por costeletas mal 

saparadas, sempre foi uma imagem muito familiar aos inúmeros fãs de Antonio Ferreira, o Toninho Guerreiro.
Toninho não era um atacante com estatura muito elevada e muito menos um autêntico “trombador”.


 Seu estilo, técnico e oportunista ao mesmo tempo, o transformou em um dos maiores centroavantes dos anos sessenta e setenta.
Nascido na cidade de Bauru (SP), em 10 de agosto de 1942, o pequeno Toninho

 sofria com o rigor da mãe, Dona Rosa, que não perdoava nenhuma das bolas que caiam em seu quintal. 
Com um machado nas mãos, batia nelas até que virassem retalhos de couro.
Aos finais de semana, 
Toninho esquecia das broncas da mãe e ficava feliz !
Afinal, seu “Pai Herói”, o seu Arthur, estava em casa para garantir que machado nenhum fosse responsável pela tristeza da garotada.
 E Toninho cresceu jogando na várzea, sempre acompanhado por seu pai, um apaixonado por futebol.
Seguindo os conselhos do pai e contrariando a mãe, que sonhava em vê-lo 

trabalhando na Companhia Paulista Ferroviária de Bauru, começou sua carreira no E.C Noroeste aos 15 anos de idade.
  Sua ligação com o Santos começou ainda menino, quando foi levado pelo pai até o departamento amador do time da Vila Belmiro. 
Sem conseguir permanecer, retornou para Bauru e fez sucesso jogando pelo Noroeste.
Mais tarde, no final de 1961, Toninho tentou o Santos novamente e foi contratado. O Noroeste pediu 100.000 cruzeiros pelo seu passe e o Santos bancou.
Os primeiros dois anos foram difíceis. Como reserva de Coutinho, entrava em algumas partidas faltando dez ou quinze minutos para acabar o jogo. 
A partir de 1964, Toninho foi conquistando seu espaço na equipe e começou 

sua trajetória interminável de superação e recordes.
Em 1967 Toninho já era um terror. Quebrando uma seqüência de Pelé 

no campeonato paulista, anotou 27 tentos naquela temporada.
Toninho foi bi-campeão paulista pelo Santos em 1964 e 1965 e depois, levantou o tri nos anos de 1967, 1968 e 1969.
 

Também deixou o Rei para trás na temporada de 1968, marcando 76 gols e sendo o principal artilheiro da equipe naquele ano.




Pelo Santos, Toninho atuou em 373 partidas e anotou mais de 280 gols, sendo o artilheiro do time praiano em várias edições do campeonato paulista.
Guerreiro permaneceu jogando pelo peixe até agosto de 1969, quando surgiu, ao mesmo tempo, o interesse do São Paulo e do Corinthians.


O Santos não queria saber de liberar o atacante para nenhum dos times rivais,
 mas acabou cedendo algum tempo depois, sem saber que pagaria muito caro. Mais caro do que o próprio dinheiro que recebeu !
 
Revista Placar, em sua edição de 13 de novembro de 1970, descreve o que disse o senhor Augusto da Silva Saraiva, na época, vice-presidente de patrimônio do Santos:

TONINHO GUERREIRO - ERA SÃO PAULO
( ANOS SETENTA - 70 )




– Vendi o Toninho por 800 mil cruzeiros. Foi um ótimo negócio !
O São Paulo pagou o preço com muito gosto e trouxe o centroavante para o Morumbi.


Tão logo ficaram sabendo da venda de Toninho para o São Paulo, alguns torcedores do Peixe, que encontravam Toninho pelo calçadão da praia, iam logo dizendo:
Toninho comemora o gol que deu o titulo do campeonato paulista de 

1971 ao São Paulo contra o Palmeiras. Na foto também vemos Ademir da Guia e o árbitro Armando Marques confirmando o gol.
Pouco tempo depois, o Santos amargava a falta de um companheiro ideal para 

finalizar junto com Pelé, enquanto Toninho, ao lado de Gerson, já fazia sucesso no Morumbi.
Toninho provou que poderia marcar gols e sobreviver sem Pelé por perto. Foi peça fundamental para acabar com o período sem títulos, que já durava desde 1957.
E Toninho foi bi-campeão paulista nos anos de 1970 e 1971. Dessa forma, foi o 

único pentacampeão consecutivo do paulistão: 1967, 1968, 1969, 1970 e 1971. Um feito histórico!
Não fosse o título paulista do Palmeiras em 1966, Toninho chegaria a uma marca que dificilmente seria igualada por outro jogador em qualquer campeonato regional do Brasil.
A facilidade que Guerreiro tinha para finalizar era um de seus pontos fortes mais significativos. 
Entre tantos lances podemos destacar sua clássicas matadas no peito e a virada, com a bola ainda no alto.


Falando em Seleção Brasileira, a trajetória de Toninho ficou marcada por acontecimentos mal explicados e, no mínimo, estranhos.
O corte do centroavante, pouco antes do embarque para o México em 1970, 
causou muita polêmica e indignação por parte do São Paulo, da imprensa paulista e do próprio Toninho.
Na época, os médicos diagnosticaram um estranha “sinusite” que na verdade, segundo muitos comentários da época, foi uma desculpa para uma convocação do jovem atacante Dario, do Atlético Mineiro, ou ainda favorecer Roberto Miranda do Botafogo.
A “solicitação” em favor de Dario, teria sido feita diretamente pelo presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, para os homens da comissão técnica canarinho. 
Segundo os médicos da seleção, uma sinusite impediria que Toninho jogasse na altitude do México.
Toninho ficou no São Paulo até 1973, atuando em 170 partidas (80 vitórias, 51 empates, 39 derrotas) e marcou 85 gols, conforme o Almanaque do São Paulo de autoria de Alexandre da Costa.
Depois de rápidas passagens pelo Flamengo e pelo Operário-MS, encerrou sua carreira no ano de 1974. 
Ainda ligado aos gramados, jogou pelo time de veteranos do Milionários e em exibições de Show Ball.
Longe da bola, gordo e aposentado, Toninho vivia com as mãos cheias de graxa atrás de amortecedores usados para retificar em uma oficina do bairro da Lapa, na zona oeste em São Paulo.
Depois de uma forte dor de cabeça, Toninho faleceu em 26 de janeiro de 1990, vitimado por um derrame cerebral com apenas 48 anos de idade.





























































































Em 1989.

FONTE DOS TEXTOS

https://tardesdepacaembu.wordpress.com (NA ÍNTEGRA)

FONTE DAS IMAGENS

Jornal o Estado de São Paulo
Site do Milton Neves - Terceiro tempo
Revista Placar
http://www.saopaulofc.net/
http://www.semprepeixe.com.br/
http://globoesporte.globo.com/
Tardes no Pacaembu world press
Gazeta Press
http://espn.uol.com.br/ 
Revista do Esporte
http://imortaisdofutebol.com/
https://plus.google.com
opiniaotricolor.com.br
http://blogsoberanoarruda.blogspot.com.br/
http://esportes.estadao.com.br/
A Tribuna
Wesley Miranda




2 comentários:

  1. TONINHO GUERREIRO..... UM GUERREIRO INCANSÁVEL, COMANDANTE DE DUAS NAÇÕES PAULISTAS.....COM CERTEZA, O MAIS GUERREIRO ENTRE TODOS OS GUERREIROS.....TALVEZ POR SER TÃO GRANDIOSO, DESPERTAVA A INVEJA, DOS DIRIGENTES QUE MANDAVAM NO FUTEBOL BRASILEIRO.......POR ISSO O MAIS INJUSTIÇADO, MAS PARA QUEM O VIU, SRÁ PARA SEMPRE LEMBRADO.

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  2. Incomparável, magnífico, fabuloso, inesquecível.

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